Situação financeira é a melhor para fortalezense em 13 meses

Com orçamentos mais equilibrados e ainda parte do 13º salário no bolso, os fortalezenses iniciam o ano de 2018 com a melhor situação financeira média em 13 meses e mais otimistas quanto ao futuro. Mesmo ainda um pouco abaixo dos 100 pontos, campo que indica pessimismo, o Índice de Situação Presente do Consumidor (ISC) apresentou um crescimento de 8%, passando dos 91,9 pontos em dezembro de 2017 para 99,3 em janeiro de 2018.

Os dados são da pesquisa da Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza (CE), publicada ontem (10) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE). Segundo o levantamento, os fortalezenses também se mostraram mais otimistas, o que refletiu no crescimento de 10,7% do Índice das Expectativas Futuras dos Consumidores (IEF) – de 97,5 a 108 pontos, passando para o campo do otimismo.

Com o crescimento dessas duas componentes, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também registrou um aumento neste início de ano, avançando 9,7%. O índice passou de 95,3 pontos em dezembro para 104,5 em janeiro, o mais elevado em um ano – em janeiro do ano passado, porém, os consumidores fortalezenses tinham se mostrado ainda mais confiantes do que agora, tendo registrado 107,9 pontos em 2017.

Intenção de compra

Mesmo com um cenário favorável, a taxa de intenção de compra dos consumidores da Capital apresentou uma redução de 17,6% entre dezembro e janeiro, caindo de 47,1 pontos a 38,8 no período. A diretora institucional da Fecomércio-CE, Cláudia Brilhante, pondera que a reação é normal e esperada, uma vez que as pessoas gastam mais no mês de dezembro, por conta da época de festas, e procuram economizar no início do ano.

“Todo mundo compra uma lembrancinha no Natal, produtos para a ceia, confraternizações”, pondera a diretora. Ela ressalta ainda que o aumento da confiança do consumidor percebido em janeiro é resultado de um esforço nacional para aquecimento da economia do País, lembrando que, desde o início do segundo semestre de 2017, tem apresentado sinais mais expressivos de recuperação.

A recuperação, sobretudo do setor de comércio e serviços, na avaliação da diretora, é cada vez mais visível. “Em dezembro, tivemos o melhor Natal dos últimos cinco anos. O Dia das Crianças também foi um sucesso. Vemos que para os empresários e para os consumidores a percepção é de que este é o ano da retomada”, comemora Brilhante.

Com a cidade cheia de turistas durante as férias, que serão seguidas logo pelo Carnaval, a perspectiva para as vendas do comércio e serviços é positiva, o que deve refletir na geração de postos de trabalho. “Acreditamos que já vamos começar o ano com saldo positivo. Devem vir mais contratações, temporários sendo contratados”.

Redução de juros

Para fomentar ainda mais essa recuperação, ela destaca ainda serem necessários esforços para reduzir os juros dos cartões de crédito. “Eles (os cartões) continuam a ser o grande vilão do endividamento do consumidor. Ainda precisamos de uma queda mais expressiva dos juros e mudanças nas regras dos cartões de crédito”, aponta.

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