Perdas no varejo ampliado somam R$ 7,4 bi, diz CNC

Cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgados ontem, mostram que os dez segmentos que compõem o varejo ampliado tiveram uma perda de R$ 7,4 bilhões no mês de maio, em decorrência dos 11 dias de paralisações provocadas pela greve dos caminhoneiros. Esse valor corresponde à queda de 4,9% nas vendas do varejo ampliado, em relação ao mês anterior.

“Essa foi a primeira queda do ano e o pior resultado para os meses de maio em mais de 15 anos de levantamentos da série com ajustes sazonais”, informou o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes.

Diante desse resultado, a entidade revisou a sua expectativa de avanço do varejo ampliado em 2018 de 5% para 4,8%.
“Embora as significativas quedas provocadas pelas paralisações de maio estejam restritas ao terceiro bimestre de 2018, dificilmente o ritmo de vendas verificado nos cinco primeiros meses do ano (+6,3% ante o período de janeiro a maio de 2017) se manterá no segundo semestre”, afirmou Bentes.

Perspectivas
A maior base de comparação da segunda metade do ano passado deverá levar o setor a sustentar um ritmo de crescimento mais lento nos próximos meses, segundo a CNC. Isso, segundo a entidade, está associado à lenta recuperação do emprego, ao novo patamar da taxa de câmbio e à maior volatilidade nos níveis de confiança de consumidores e empresários decorrentes das indefinições do cenário eleitoral.

As paralisações geraram consequências também para os consumidores, que, pela necessidade de reequilíbrio da oferta e demanda de produtos, enfrentaram a maior alta de preços (1,3%) dos últimos 28 meses, desde janeiro de 2016 (1,5%). Segundo o último IPCA-15, apurado entre os dias 15 de maio e junho, os bens de consumo não duráveis, como alimentos e combustíveis, registraram o maior avanço de preços (1,72%) desde fevereiro de 2016 (2,22%).

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