Nordeste fecha 12,4 mil empregos em fevereiro

Pelo segundo mês seguido – e, novamente, contrariando o movimento nacional, com a geração de 173,139 mil vagas de emprego com carteira assinada – o Nordeste fechou as portas de emprego para mais 12.441 trabalhadores, destacando-se, novamente, no cenário nacional como a única região que mais cortou vagas no País, no período, com queda de 0,2% sobre janeiro. Os números da região acompanham o comportamento de queda anterior, embora de forma menos intensa, já´que foram fechados, em janeiro, 30.279 postos de trabalho (queda de -0,48%). As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado, ontem, pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

O Ceará, por sua vez, contrariou o movimento regional negativo, com a geração de 1.865 vagas formais – embora ainda não o suficiente para reverter a queda observada em janeiro, de 4.982 vagas a menos (queda de 0,43%). No mês passado, o total positivo foi decorrente do saldo de 32.029 admissões e 32.161 cortes –, ocupando o 12º lugar entre os 20 estados que tiveram alta no período. As principais altas vieram do setor de serviços (saldo de 1.670 novas vagas, alta de 0,33%), indústria (564, alta de 0,24%) e administração pública (280, alta de 0,46%). A agropecuária fechou 537 postos (-2,37%), seguida do comércio (-183, ou -0,07%). Na Região Metropolitana de Fortaleza, o primeiro saldo positivo do ano foi de 1.301 novas vagas – com destaque para a Capital (519 empregos a mais. Em janeiro, a RMF cortou 3.777 vagas, dos quais que Fortaleza registrou 3.080 empregos a menos.

Balanço
No País, houve abertura de 173.139 vagas formais de emprego em fevereiro, segundo o Caged. O índice positivo veio acima das estimativas de analistas consultados em pesquisa Reuters, que projetavam criação líquida de 82 mil postos de trabalho. O saldo é mais do que o dobro do registrado no mesmo mês de 2018, quando foram abertos 61.188 novos postos com carteira assinada. Segundo a pasta, o resultado do último mês é o melhor para o período desde 2014. Com a abertura dessas vagas, o número total de postos chegou a 38,6 milhões, uma alta de 0,45% em relação a janeiro.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que a recuperação das vagas formais em 2019 deve seguir no mesmo ritmo. “Há uma sinalização de que a retomada dos empregos será consistente”, comentou o secretário. Dos oito setores econômicos analisados, sete deles apresentaram comportamento positivo, com destaque para o segmento de serviços, que abriu 112.412 vagas. “Esse número de empregos gerados no mês de fevereiro, que foi bem acima até do que o próprio mercado previa, é uma demonstração das mudanças propostas na economia no governo de Bolsonaro.”

Por setores, a indústria de transformação, cujo crescimento se mostrava mais lento, também se destacou e registrou abertura de 33.472 novos postos de formais. O único saldo negativo veio da agropecuária, com redução de 3.077 vagas. Ele explicou também que esse ganho de tração dos empregos se dá pelos sinais dados em direção a uma economia mais liberal sob a batuta do presidente Jair Bolsonaro. A melhora no emprego foi verificada em quase todas as regiões do País. Com exceção do Nordeste, cujo número de postos recuou 12.441, todas as outras áreas apresentaram crescimento, com destaque para o Sudeste e o Sul.

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