Inflação de Fortaleza cai a 2,39% até agosto

Interrompendo a trajetória de altas, a inflação em Fortaleza apresentou redução em agosto. Em relação ao mês imediatamente anterior, o IPCA-15 da Capital – índice que mede a prévia da inflação oficial do País –, registrou -0,25% em agosto (contrariamente ao 0,33% de alta em julho), sendo a quarta maior retração do País, enquanto que a média nacional avançou 0,13%. Com isso, o acumulado do ano, até agosto, registra alta de 2,39% – abaixo de julho (2,65%) –, sendo essa a quarta menor variação acumulada do País, e abaixo da média nacional de 3,14%. O índice foi divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De julho para agosto, o grupo tubérculos, raízes e legumes apresentou a maior retração mensal, de 28,77%, com destaque para a expressiva queda da cebola (-35,7%), batata inglesa (-29,92%) e tomate (-27,98%). Ainda entre as principais reduções, por grupos, estão frutas (-9,77%), puxado por goiaba (-15,66%), banana prata (-15,63%) e uva (-12,04%); e combustíveis (veículos), com -4,08% – especialmente em gasolina (-4,62%), etanol (-1,86%) e óleo diesel (-1,16%). Entre as menores reduções, estão os grupos energia elétrica residencial (-0,09%), reparos (-0,08%), e serviços médicos e dentários (-0,04%).

Por outro lado, o grupo hortaliças e verduras foi o que mais pesou, ao avançar 4,42%, na capital cearense, com as altas de alface (5,81%) e cheiro verde (4,22%); seguido por leites e derivados (2,26%) – principalmente leite condensado (5,52%) e em pó (5,02%). Em seguida, entre as maiores elevações, estão os grupos cuidados pessoais e higiene pessoal (ambos com 2,15%); açúcares e derivados (1,76%); e enlatados e conservas (também 1,76%). O grupo alimentação, essencial nos lares brasileiros, recuou na passagem mensal, contrariando o comportamento observado em julho (0,52%). Segundo o IBGE, houve redução de 0,32% na capital cearense, sendo que a alimentação em casa recuou 0,6%.

Destaques
No período de janeiro a agosto, considerando as categorias que mais subiram, em Fortaleza, estão frutas (10,78%), categoria impactada, principalmente, pela alta do mamão (33,92%), melancia (21,52%) e banana prata (14,1%); hortaliças e verduras (9,12%); cursos regulares (8,38%); energia elétrica residencial (8,05%); plano de saúde (7,78%), graças ao aumento de até 10% autorizados pelo Governo Federal a planos individuais, em junho último; educação (7,28%); e cursos, leitura e papelaria (7,28%). Já entre as menores variações estão produtos farmacêuticos (2,42%); consertos e manutenção (2,25%); eletrodomésticos e equipamentos (2,22%); serviços pessoais (2,04%) entre outros.

Entre as principais contribuições para a elevação do índice acumulado, em 12 meses, terminados em agosto (2,9%) – considerando o fator peso na composição do índice –, estão alimentação e bebidas (-0,36%); e alimentação no domicílio (-2%). Enquanto isso, os transportes subiram 6,34% – sendo transporte público (5,81%) e veículo próprio (2,07%) –, com destaque para passagem aérea (22,79%), ônibus urbano (6,43%), intermunicipal (6,2%) e interestadual (1,25%). No grupo habitação (7,06%), se destacam os reajustes médio das taxas de água e esgoto (10,51%), condomínio (10,4%) e aluguel e taxas (6,57%).

Por subitens, destacam-se, entre as maiores elevações na capital cearense, as altas de cimento (22,97%); conserto de televisor (18,91%); mamão (17,01%); gasolina (15,34%); e maracujá 15,23%); além de passagem aérea (22,79%), que ocupa o segundo lugar no ranking. Por outro lado, segundo o IBGE, as maiores retrações, no período compreendido em 12 meses, foram registradas em itens como o feijão mulatinho (-40,68%); tomate (-37,98%); cebola (-28,76%) feijão carioca (-27,66%); alho (-26,03%); e feijão fradinho (-25,12%).

Brasil
No País, o IPCA-15 teve variação de 0,13% em agosto, 0,51% abaixo da taxa de julho (0,64%). Esta é a menor taxa para um mês de agosto desde 2010 (-0,05%) – no acumulado do ano, a variação foi de 3,14%. Segundo o IBGE, o acumulado dos últimos doze meses ficou em 4,3%, abaixo dos 4,53% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2017, a taxa foi de 0,35%.

Os grupos habitação (1,1%) e saúde e cuidados pessoais (0,55%) foram os principais impactos positivos de agosto, contribuindo com 0,17% e 0,07%, respectivamente. No primeiro, pesou, principalmente, o item energia elétrica (3,59%), que teve o maior impacto individual no índice do mês, com 0,14%. Já no segundo grupo, o item taxa de água e esgoto apresentou alta de 0,62%. Por outro lado, no grupo transportes (-0,87%) veio o impacto negativo mais intenso no índice, de -0,16%.

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