Compras devem movimentar R$ 270 milhões

Acompanhando os bons resultados registrados em 2017 e 2018, o Dia das Mães de 2019 deverá ser melhor em termos de faturamento, em Fortaleza. De acordo com a pesquisa sobre o potencial de consumo do fortalezense para o Dia das Mães deste ano, os consumidores devem movimentar cerca de R$ 270 milhões no comércio local com a compra de presentes. A projeção apontada reflete uma alta de 5% sobre o resultado de 2018, quando o impacto estimado foi de R$ 257 milhões – sendo 4,9% acima do ano anterior (R$ 245 mi). As informações foram divulgadas, ontem, pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC-CE), entidade ligada à Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), que realizou pesquisa exclusiva para verificar esse comportamento.

O levantamento aponta que o gasto médio com a compra de presentes tem valor estimado de R$ 258,00, bem acima que a média de 2018 (R$ 236,00) – alta de 9,3% –, e, como alguns consumidores compram mais de um item, o gasto por presente é estimado em R$ 174,00, nesse caso, igual patamar de 2018. Com essa intenção, o levantamento aponta 25,5% dos entrevistados (contra os 21,9% anteriores), enquanto 66,7% afirmaram que comprarão apenas um presente – ano passado, esse percentual foi de 71,6%.

Mesmo assim, dando prioridade aos artigos de vestuário e perfumaria, o levantamento aponta que a maioria dos consumidores irá às compras – 56,2% dos entrevistados confirmaram essa intenção – percentual inferior ao observado em igual data do ano passado, quando 61,8% dos consumidores compraram presentes. Mesmo assim, com esse resultado, o Dia das Mães segue como a segunda melhor data comemorativa para o comércio, em termos de faturamento – atrás, apenas, do Natal –, seguida do Dia das Crianças, Dia dos Namorados e Dia dos Pais. A data também movimenta os serviços, principalmente restaurantes e serviços de entrega.

Preferências
Seguindo o comportamento de anos anteriores, cinco produtos concentram a preferência dos fortalezenses, que, juntos, respondem por 75% da intenção de compra, com preponderância dos bens de uso pessoal. Dos artigos de vestuário, citados por 33,3% dos entrevistados, destacam-se como principal produto de interesse dos consumidores do sexo feminino (36%). A procura é mais intensa entre os mais jovens (43,5% do grupo etário com até 20 anos) e de menor renda (34% do grupo com ganhos inferiores a três salários mínimos).

Em seguida, os itens de perfumaria têm 31,6% de intenção de compra. E, como perfil do consumidor típico, o sexo feminino lidera (36,2% das respostas) – sendo os homens com 27,1%. Nessa pretensão, estão consumidores com idade entre 21 e 35 anos (38,1%), com maior pretensão entre os que tem renda acima de seis salários (42,9%), seguida dos que ganham menos que três salários mínimos (31,7%) – nesse último, intenção acima dos 26,3% de 2018. No grupo de renda entre três e seis salários, a pretensão registrada é de 30,2%, contra os 26,8% registrados do ano passado.
Por sua vez, os acessórios como sapatos, cintos e bolsas, detêm 10,5% de intenção de compra, serão mais procurados por consumidores do sexo masculino (11,7% das respostas); com idade acima dos 36 anos (12,7%) e entre 21 e 25 anos (10,8%); e com renda familiar acima de seis salários mínimos (14,3%). Em seguida, estão os eletroportáteis (6% de intenção), principalmente entre homens (6,1%), com faixa etária entre 21 e 35 anos (7,6%) e renda até três salários (6,5%)

Já as flores aparecem com 5,8%, distribuído entre consumidores homens (6,4% de intenção de compra) e mulheres (5,3%), com idade até 20 anos (10,7%) e renda familiar acima de seis salários mínimos (28,6%). Os aparelhos de telefonia celular e smartphones fecham a lista, com 5,3% das intenções, com preferência destacada entre os homens (7,6%), do estrato com idade acima dos 36 anos (6,9%) e renda familiar superior a seis salários mínimos (14,3%).

Compras de véspera
O levantamento também informa que o consumidor irá privilegiar a comodidade em suas compras, preferindo o sábado como dia mais provável para realizar a compra dos presentes (25,8%). Os shopping centers e os centros comerciais aparecem com 47,9% e 25% dos consumidores, respectivamente, como locais preferenciais para as compras, enquanto que o Centro da cidade (19,1%) também mantêm sua importância, vindo, em seguida, o comércio informal no Centro (6%) e supermercados e hipermercados, com 3,9%.

Pagamentos à vista recuam e cartões avançam
Quanto às formas de pagamento, diferentemente da elevação do valor médio das compras frente a 2018, menos consumidores pagarão suas compras, preferencialmente, à vista, com 59,6% dos entrevistados – enquanto que, no ano passado, 64,8% afirmaram essa pretensão. O cartão de crédito – segundo meio de pagamento mais utilizado –, por outro lado, avançou, com 45,5% das respostas, contra 38,7% de 2018. Já o crediário foi citado por apenas 0,7% dos consumidores.

O levantamento aponta, ainda, que o consumidor estará mais atento ao que verá nas vitrines (15,5% vem como motivo para entrar nas lojas). Neste ano, as promoções não deverão ser tão determinantes para as compras, já que foram mencionadas por 47,5% dos fortalezenses, contra 51,8% de 2018. Os preços seguem o mesmo caminho, uma vez que esse fator de atração às lojas caiu para 36% – em 2018, esse percentual era de 42%.
Por fim, segundo o levantamento, uma quantidade menor de consumidores pretende comemorar o evento, com 61,2% afirmando essa intenção – contra 71,8% do ano passado – sendo que, desse percentual, 85,4% o farão em suas casas (contra 77,3% em 2018). Os restaurantes aparecem em segundo lugar nas preferências, com 9,3%, tomando o lugar das igrejas – contrariando o crescimento anterior. Segundo o levantamento, esses locais ficaram em 6o lugar, com apenas 1,1% – uma queda de 3,5% diante dos 4,6% de intenção registradas no ano passado.

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