Comércio espera crescimento de 5,0% em 2018

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mantém a expectativa de crescimento do comércio varejista para 2018. A previsão, revisada após os dados de abril da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta alta de 5,0% no varejo ampliado. Trata-se de um desempenho bastante positivo, tendo em vista que o País ainda está dando os primeiros passos na retomada do crescimento.

De acordo com a análise da CNC, os impactos das manifestações de maio – desencadeadas a partir da paralisação dos caminhoneiros – serão limitados ao terceiro bimestre e não devem comprometer a tendência de alta que vem sendo verificada nas vendas. “Mesmo considerando os impactos negativos decorrentes da greve dos caminhoneiros e a paralisação de linhas de produção durante alguns dias do mês de maio, os estoques das revendedoras não sofreram tão intensamente como outros ramos do varejo com a escassez de produtos”, afirmou Fábio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o faturamento real dos dez segmentos que compõem o comércio varejista apresentou crescimento médio de 1,3% na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Essa foi a maior taxa mensal do indicador de volume de vendas no ano, o que animou o grupo de trabalho da CNC.

Setor automotivo
As vendas de veículos, motos, partes e peças registrou um crescimento de 36,5%, enquanto o de materiais de construção teve expansão de 15,9%, sendo responsáveis pelo impulso do varejo em abril. Com o resultado, o comércio automotivo registrou a maior variação no volume ante o mesmo mês do ano anterior, desde o início dos levantamentos no ano 2000. “Além da natural reação tendo como base um período altamente negativo para esse segmento, o recuo nas taxas de juros para esse tipo de financiamento, aliado a uma percepção mais clara quanto à reação do mercado de trabalho em abril, ajudou a explicar a inédita variação nas vendas”, completou Fábio Bentes.

Segundo um estudo realizado pelo Banco Central (BC), a taxa média de juros no financiamento automotivo com recursos livres em abril (23,9% ao ano) era a menor desde janeiro de 2015 (23,8% ao ano). Já o mercado de trabalho formal registrou, em abril, o maior saldo entre admissões e desligamentos para esta época do ano (115 mil vagas) desde abril de 2014 (132 mil vagas).

Comércio espera crescimento de 5,0% em 2018

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