13o salário vai injetar R$ 5,19 bilhões na economia cearense

A economia cearense deverá receber, até o final de 2019, a título de 13° salário, cerca de R$ 5,2 bilhões, a serem pagos aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e Estado e municípios. O montante equivale a, aproximadamente, 2,4% do total a ser pago no Brasil e 15,6% da Região Nordeste. Proporcionalmente, o volume representa em torno de 3,3% do produto interno bruto (PIB) estadual. As estimativas foram divulgadas, ontem, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para o cálculo, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

Detalhamento
O levantamento aponta que o número de pessoas, no Ceará, que receberá o 13º foi estimado em 2,78 milhões, equivalente a 3,44% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação ao Nordeste, equivale a 16,5%. No Estado, os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários representam 54,6%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 45,4%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,5%.
Em relação aos valores que cada segmento receberá, estão os empregados formalizados, com 67,8% (R$ 3,5 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 25,2% (R$ 1,3 bilhão), enquanto aos aposentados e pensionistas do regime próprio do Estado caberão 5,2% (R$ 268 milhões) e aos do regime próprio dos municípios, 1,8%.

Balanço
Ao todo, na economia brasileira, serão mais de R$ 214 bilhões em pagamentos do 13º salário. Este montante representa, aproximadamente, 3% do produto interno bruto (PIB) do País. Cerca de 81 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 2.451. Segundo o Dieese, o número de pessoas que receberá o 13º salário em 2019 ficou estável ao calculado para 2018. Em relação ao montante, o valor apurado em 2019 cresceu 1,7%, o que significaria queda de -1,8% em relação à inflação (INPC) prevista para o ano.
Dos cerca de 80,8 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados, 49 milhões, ou 61% do total, são trabalhadores no mercado formal. Entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam quase 1,8 milhão, equivalendo a 2,2% do conjunto de beneficiários. Os aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) representam 30,5 milhões, ou 37,7% do total. Além desses, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas (ou 1,4% do total) são aposentados e beneficiários de pensão da União (regime próprio). Há ainda um grupo constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regimes próprios) que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado.
Do montante a ser pago com o 13º, perto de R$ 147 bilhões, ou 68% do total, irão para os empregados formalizados, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 32% dos R$ 215 bilhões, ou seja, perto de R$ 67,7 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas. Considerando apenas os beneficiários do INSS, são 30,5 milhões de pessoas que receberão o valor de R$ 40,4 bilhões. Aos aposentados e pensionistas da União caberá o equivalente a R$ 10,5 bilhões (4,9%); aos aposentados e pensionistas dos Estados, R$ 13 bilhões (6,1%); e R$ 3,6 bilhões aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios.

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