BC diz que economia surpreende e vê menos riscos para a retomada em 2021

Autoridade monetária também afirma que inflação está mais persistente do que o esperado e não descarta aumento maior que 0,75 ponto percentual na Selic em agosto.

A despeito da piora da pandemia do novo coronavírus, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) afirmou que os indicadores mostram que a atividade econômica continua “surpreendendo positivamente”, e que os riscos para a recuperação da economia brasileira em 2021 foram significativamente reduzidos. “Para o Comitê, o segundo semestre do ano deve mostrar uma retomada robusta da atividade, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente. O Comitê notou que a mediana das projeções de crescimento, segundo a pesquisa Focus, sofreu revisões significativas e passou a ser mais otimista do que as do seu cenário básico”, informou o colegiado nesta terça-feira, 22, por meio da ata da reunião realizada na semana passada. Na ocasião, o BC acrescentou 0,75 ponto percentual na Selic e elevou a taxa de juros para 4,25% ao ano.

Apesar de “deixar a porta aberta” para um crescimento mais significativo, a autoridade monetária sinalizou que deve fazer um novo acréscimo da mesma proporção pela quarta vez no ano, subindo a Selic para 5% ao ano. O movimento, porém, vai depender do cenário econômico. “Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. O Comitê ressalta que essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação.” Segundo o colegiado, a estratégia de aguardar até o próximo encontro para definir por um aumento maior da Selic leva em conta a possibilidade de ganhar tempo para acumular informações sobre a trajetória da inflação. O BC também ponderou que a medida “visa esclarecer a distinção entre transparência sobre as projeções condicionais e intenções invariantes de política monetária”. “Desse modo, indicações sobre a trajetória futura dos juros, sejam para a próxima reunião ou para o patamar final, são elementos úteis para a compreensão da função de reação da política monetária. As informações obtidas no período entre as reuniões do Copom modificam as hipóteses presentes no cenário básico e no balanço de risco, e naturalmente alteram a trajetória futura dos juros.”

Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/economia/bc-diz-que-economia-surpreende-e-ve-menos-riscos-para-a-retomada-em-2021.html

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