98% dos processos trabalhistas de todo o planeta estão no Brasil

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Enquanto a plateia de cerca de 150 pessoas aguardava em Londres, ao longo do sábado (13), o anunciado “possível grande duelo” entre José Eduardo Cardozo e Sergio Moro, uma série de dados críticos em relação ao nosso país foram apresentados em diferentes palestras do Brazil Forum.

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, abriu os trabalhos, comentando que o Brasil, sozinho, é responsável por 98% dos processos trabalhistas em todo o planeta Terra. Detalhe: nosso país tem 3% da população mundial.

O magistrado citou o caso do Citibank, que desistiu de operar no Brasil quando detectou que aqui obtinha 1% de suas receitas, enquanto simultaneamente sofria 93% das ações trabalhistas em que é reclamado, mundo afora. Em seguida, Barroso comentou que 4% do PIB brasileiro é gasto com o funcionalismo público – “é um alto custo do Estado”.

O ministro também classificou a Previdência brasileira como responsável por perversa transferência de renda. “Os 32 milhões de aposentados da iniciativa privada custam o mesmo que 1 milhão de aposentados do poder público”. Ao dividir dessa forma desigual, meio a meio, toda a arrecadação da Previdência, o amargo e injusto é que a maioria pobre termina dando dinheiro à minoria mais endinheirada.

Quanto ao possível duelo entre o ex-ministro da Justiça e o juiz da Lava-Jato, sentados lado a lado, o debate não se realizou, havendo educadas divergências e troca de mesuras. Ao iniciar sua fala, Moro brincou dizendo que algumas pessoas esperavam confronto, mas que ele não havia dado “nenhuma cotovelada” no colega de mesa. Segundo o juiz, é uma tolice pensar que os dois não poderiam dividir um espaço, já que “a democracia é um espaço acima de tudo de liberdade”.

Cardozo, a seu turno, feições mais constritas, usou uma frase repetitiva: “O processo de impeachment que retirou Dilma Rousseff foi um golpe”.

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